sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Patricia Polayne - O Circo Singular (2009)


01 O circo singular
02 Sapato novo
03 Arrastada
04 Lentes de contato
05 Quintal moderno
06 Aparelho de memoriar
07 O dote da donzela
08 Rio sim
09 Sabiá, beija flor
10 Para o infinito
11 Olhai o tempo do interurbano
12 Rio sim, com Roberto Menescal

Patrícia Polayne é sergipana, mas passou grande parte da vida no Rio de Janeiro, onde estudou artes cênicas e dança. Mudou-se para Aracaju em 1995, iniciando carreira como cantora em bares e casas noturnas da cidade. Em 1996, vence o Festival Canta Nordeste da Rede Globo Recife, nas categorias de melhor canção (com "Camará", de sua autoria) e de melhor intérprete. Participa ainda de diversos festivais de música pelo Brasil entre os anos de 1997 e 2002. Produziu diversas trilhas sonoras para teatro como: Baal, de Bertolt Brecht e O Casamento Suspeitoso, de Ariano Suassuna. E também trilhas para cinema, como os curtas: “Acorda!”, de Igor Barradas e “Avenca”, de Raphael Borges e Alessandra Sampaio. Em 2002, experiencia a vida mambembe, quando passa a viajar pelo Brasil com uma trupe de palhaços, durante quatro anos. Aprende a arte da pirofagia e da palhaçaria, e técnicas de malabares. De volta à Aracaju, em 2005, vence o Prêmio Banese de Música, nas categorias de melhor canção (com “O Circo Singular”) e de melhor intérprete. Em 2006, participa, como atriz e figurinista do curta ficcional, de inspiração surrealista “Epiphanie”, da diretora Gabriela Caldas. O filme vence todos os prêmios no Festival Luso-Brasileiro de Curtas Metragens, Curta-SE. Em agosto de 2007, o clipe da canção ‘Para o Infinito’, de sua autoria é classificado para o Festival de Cinema de Santos. Quando Patrícia Polayne resolveu experimentar a vida mambembe, e arrastou os andrajos de sua poesia por aí, provando as delícias desse mundo inclemente, a música sergipana correu o risco de nunca mais sorrir com a mesma alegria. O longo intervalo entre a sua aparição, em 1995, quando debutou na noite sergipana, e o nascimento de um disco, testemunha a aflição guardada na promessa que não vingava, impossível de ser apalpada, artigo valioso que se negava à bagunça da estante. O caminho que corre, no entanto, também aquieta. Esta semana, sob a lona do Circo Estoril, Polayne, novamente entre nós, finalmente nos brinda com o lançamento de seu primeiro trabalho.Lá se vão treze anos, desde que a cantora conquistou o Festival Canta Nordeste, primeiro de tantos. Contemplada com o Prêmio Produção Pixinguinha, contudo, este ano Polayne se concentrou na oportunidade de gravar seu primeiro disco, e apresenta um projeto autoral, dando uma contribuição inestimável para o enriquecimento da música brasileira.
O espetáculo “O Circo Singular” marca o esperado lançamento, e apresenta o universo desta que é considerada uma das mais expressivas artistas sergipanas em atividade.Circo Singular – Partindo do conceito de memória e interatividade, o repertório aglutina uma mostra de temas e releituras relacionados à tradição e contemporaneidade. Em outras palavras, a atmosfera das composições de Polayne é adornada pelas cores de um nordeste híbrido e volúvel, ansioso por fazer justiça às nossas raízes ao mesmo tempo em que flerta descaradamente com as modernices em voga na música contemporânea. Está tudo lá: cirandinha eletrônica, repente urbano, bossa super nova, xote trip hop, rave orgânica, domínio público, coco contemporâneo, macumba andina, xaxado trance, cacumbi, samba de aboio, chorinho lounge e mântricos maracatus modernos. A linguagem audiovisual também será explorada no show O Circo Singular – que será registrado e deverá dar origem ao primeiro DVD de Polayne –, por meio de intervenções de vídeo e poesia. Assim, o show apresenta um formato próprio, maduro e pronto para o consumo, traduzindo a trajetória e a pesquisa da autora, uma artista apta para representar a sua geração, em som e imagens.

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