sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Kléber Albuquerque - Para a Inveja dos Tristes (2000)


01 Galope do olho seco (Kléber Albuquerque)
02 A chave certa (Kléber Albuquerque)
03 Espera (Kléber Albuquerque)
04 Isopor (Kléber Albuquerque - Élio Camalle)
05 Lã de vidro (Kléber Albuquerque)
06 Carnaval (Kléber Albuquerque)
07 Olho Seco (Passo II) (Kléber Albuquerque)
08 Eu não sei falar de amor (Kléber Albuquerque)
09 Uns 10 amantes (Kléber Albuquerque)
10 Amador (Rafael Altério - Élio Camalle)
11 Vigília (Kléber Albuquerque)
12 Casinha branca (Gilson - Joran)
13 A ópera do rinoceronte (Kléber Albuquerque - Madan)
14 Olho seco (Revista e atualizada)(Kléber Albuquerque)

Artista da nova geração de cantores e compositores, Kléber Albuquerque - recentemente classificado no Festival da Música Popular Brasileira da Rede Globo, com a composição Xi de Pirituba a Santo André (em parceria com Rafael Altério) - lança seu segundo CD, Para a Inveja dos Tristes, e mostra por que faz um dos trabalhos mais inovadores do cenário da música popular brasileira atualmente. Inserido no conceito A Qualidade do Novo na MPB, da Dabliú Discos, o trabalho é definido pelo próprio artista como "uma celebração à alegria e à irmandade das coisas". Também pela gravadora de J.C. Costa Netto, o cantor, compositor e poeta já havia gravado o disco 17.777.700, em 1997, já com duas de suas principais marcas: o cuidado com a palavra e a junção de ritmos diferentes numa mesma canção. Com personalidade, Kléber Albuquerque alia ao canto áspero e seco uma mistura sonora que envolve a guitarra eletrônica, a viola caipira e o pulsar da bateria. Nesse espírito, compôs 12 das 14 músicas do CD, com exceção de Amador (Élio Camalle e Rafael Altério) e Casinha Branca (Gilson e Foran). Com direção musical assinada pelo próprio Kléber, em parceira com Cláudio Girardi, Para a Inveja dos Tristes foi produzido durante um ano, período em que o artista realizou pesquisa de manipulação sonora com samplers e ruídos (impressoras e máquinas), que foram adicionados às suas maiores influências: a música regional - que o compositor ouviu durante a infância - e o rock, estilo musical com que trabalhou na banda paulista O Palhaço. Kléber abre o CD com Galope do Olho Seco, uma canção que remete às modinhas caipiras do Interior . Na faixa A Chave Certa, o artista faz um chamado para que o ouvinte conheça as demais músicas ao som de reggae suave. Com toques de soul e rimas de galope nordestino, Espera narra a história de uma nordestina solitária que tem esperanças de um futuro melhor ao lado de alguém. Isopor é uma balada leve ritmada em violão, que teve a participação especial de Fábio Jr. No embalo do soul, Lã de Vidro - que também fala de solidão - é a resposta masculina para Espera. Enquanto Carnaval mistura marchinha com drum'n'bass, Olho Seco forma uma trilogia com Galope do Olho Seco e a última faixa do CD. Eu não Sei Falar de Amor é uma balada só com violão, e mais comtemplativa, que narra o universo de uma pessoa pouco dada a declarações, mais que, no decorrer da letra, mostra-se um romântico. Em Uns 10 Amantes, o compositor realizou um trabalho de estúdio semelhante ao utilizado nos anos 70, no início do som estéreo: piano, guitarra e bateria, todos separados na gravação. Em Amador, Élio Camalle divide com Kléber a interpretação da música só tendo violão como acompanhamento. O arranjo de Vigília mescla batida de violão, bateria e guitarra, esta repetindo sempre um mesmo acorde. Com arranjos de sampler, a versão para Casinha Branca ficou bem dançante. Parceria com Madan, A Ópera do Rinoceronte é um poema musicado com um suíngue ritmado pelo baixo e bateria. Participam do CD os músicos Élio Camalle (violão), Vasco Faé (gaita), Rogério Bastos (bateria), Renê de França (guitarra) e Clara Bastos (baixo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário