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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Leco Alves - Os Anjos Dizem Amém (1999)


REPOSTAGEM - a pedido.



DISCO 1
01. Eu e meu violão (Leco Alves)
02. Os anjos dizem amém (Leco Alves)
03. Você passou (Leco Alves)
04. Coração com muros / Quién fuera (Silvio Rodrigues, versão: Leco Alves)
05. Beaucoup plus (Leco Alves, versão: Crika Amorim)
06. The best (Leco Alves)
07. Tudo em "p" (Jorge Nóbrega e Ângelo Delatre)
08. Sou Rio (Leco Alves)
09. Um gato (Adriana Calcanhoto)
10. Platinum blonde (Jussi Campello)
11. Objeto baby (Eduardo Dusek)
12. Sem camisa (Eduardo Dusek e Luis Carlos Góes)
13. Gás lacrimogênio (Cláudio Goldmann)
14. Serventês (Arthur de Faria, Peire Cardenal e Augusto de Campos), com Cida Moreira
15. Balada por Monk (Antonio Villeroy)
16. Frevo mulher (Zé Ramalho)

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DISCO 2
01. Pacto (Leco Alves)
02. Copacabana (Jusi Campello)
03. De frente pro mar (Leco Alves)
04. Saudades de mim (Leco Alves)
05. Feito um picolé no sol (Nico Nicolayewsky)
06. O vento do desejo (Leco Alves)
07. Os dias (Leco Alves)
08. Delicadinho (Leco Alves)
09. Menino Deus (Caetano Veloso)
10. Máscara (Leco Alves), com Ju Cassou
11. Quando eu me apaixonar (Leco Alves)
12. Quando você não me procura (Leco Alves e João Pinheiro), com Ju Cassou
13. Façamos amor também (Cole Porter, versão: Carlos Renó), com Ju Cassou
14. O último dia (Celso Fonseca e Billy Brandão)


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Convidadas: Cida Moreira e Ju Cassou
Participações: Marcelo Delacroix, Frank Solari, Simone Rasslan, Giovanni Berti, Rogério Piva, Arthur de Faria e Nico Nicolayewsky.

Compositor. Cantor. Instrumentista. Dono de um raro registro vocal de contratenor, iniciou sua carreira artística em 1986, cantando no bar Opinião (Porto Alegre, RS). No ano seguinte, apresentou-se no Teatro Mágico e no Orange Bar (Porto Alegre, RS). Ainda em 1987, apresentou-se, como convidado de Adriana Calcanhoto, Muni e Luciana Costa, no show "Enquanto seu lobo não vem", na reabertura do bar Porto de Elis (Porto Alegre, RS). Em 1989, realizou o show "Porque o sol dava nos trilhos", no Teatro de Câmara de Porto Alegre, que o colocou entre as Revelações do Ano. Apresentou, também no bar Porto de Elis, o show voz e violão "Alguém cantando". Em 1990, realizou, também no Porto de Elis, o show "Caetanear o que há de bom", interpretando músicas de Caetano Veloso. Apresentou-se, ainda, com "Primavera de pragas" no Teatro de Câmara de Porto Alegre, além de ter atuado nos projetos "Encontros insólitos" e "Compor canta Porto Alegre". Em 1992, foi contemplado na categoria de Melhor Cantor com o Prêmio Açorianos de Música, espécie de Prêmio Sharp gaúcho, conferido pela Secretaria Municipal da Cultura da Prefeitura de Porto Alegre, por seu show "Paixões a granel", realizado no Teatro Renascença, em que interpretou canções de cabaré. Ainda nesse ano, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde apresentou seu show "Passos de ilusão", realizado na casa noturna People, marcando sua estréia na cidade. Nessa época, começou sua carreira de compositor. Em 1993, esteve em Porto Alegre participando do projeto "Fim de tarde", realizado na Sala Radamés Gnatalli, do Auditório Araújo Vianna, além de apresentar-se no Publicitá Café. De volta ao Rio de Janeiro, continuou seu circuito de shows em casas noturnas como Mistura Fina, Le Streghe e Au Bar (RJ), entre outras, tendo voltado a Porto Alegre, em 1995, para apresentar o show "Dez punhais". Engajado em movimentos contra a discriminação dos portadores do vírus da Aids, atuava com sua música em eventos promovidos por entidades que lutam contra a doença. Faleceu em 1998, pouco antes de completar 32 anos de idade, vítima de um acidente provocado pela queda de uma árvore que desabou sobre ele em um dia de temporal no Rio de Janeiro, quando se dirigia para uma apresentação no Bay Market, em Niterói (RJ). Em 1999, ocorreu o lançamento póstumo de seu CD duplo "Os anjos dizem amém", trabalho que reuniu músicas próprias e de outros compositores, gravadas em estúdios de Porto Alegre e do Rio de Janeiro, assim como gravações ao vivo de shows realizados em casas de espetáculos cariocas. O lançamento do disco foi realizado na Casa de Cultura Laura Alvim (RJ).

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Adriana Marques e Simone Rasslan - Rádio Esmeralda, o Espetáculo (2004)


01. Introdução
02. Quando esse nego chega (Haroldo Barbosa)
03. Chatanooga choo choo (Harry Warren e Mack Gordon)
04. Vinheta
05. A menina do subúrbio (Eduardo França e Paulo Coelho)
06. Devolva-me (Renato Barros e Lilian Knapp)
07. É que nessa encarnação eu nasci manga (Luli e Lucina)
08. Killing me softly with his song (Norman Ginbel e Charles Fox)
09. Hino do Rio Grande do Sul (Joaquim José Mendanha e Francisco Pinto da Fontoura)
10. Negrinho do pastoreio (Barbosa Lessa)
11. No bom do baile (Barbosa Lessa)
12. Chalana (Mário Zan e Arlindo Pinto)
13. Padaria (Mário Manga)
14. As cantoras do rádio (João de Barro, Alberto Ribeiro e Lamartine Babo)
15. Jingle Schmitt (Adriana Marques e Simone Rasslan)
16. Ritmo da chuva (John Gummoe e Demétrius)

Rádio Esmeralda: uma saudade no ar...
Estava aqui trabalhando, acompanhada de meus fones de ouvido, quando resolvi escutar novamente um álbum muito especial: o CD com as 'mais mais' da peça teatral Rádio Esmeralda AM, uma comédia musical apresentada até julho passado pelas magníficas atrizes e musicistas gaúchas Simone Rasslam e Adriana Marques. Se não fosse a fatalidade ocorrida com Adriana, o espetáculo, que já contava com quase dez anos, certamente resistiria firme e seria apreciado por muitos anos ainda. Adriana faleceu prematuramente no dia 11 de julho deste ano. Foi diagnosticada hemorragia interna. Contava com 43 anos de idade e deixou marido, uma filha de 15 anos, uma excelente colega de palco e acima de tudo grande amiga, além de uma legião de fãs inconformados com o trágico destino de uma mulher admirável, que encantava a todos com sua simpatia e com sua bela e afinada voz. Hoje, ao ouvir o CD, senti imensa vontade de chorar. Tive que controlar, claro, devido estar em um ambiente coletivo e formal, mas se estivesse só, teria me debulhado em lágrimas até nas canções mais hilárias como Nessa encarnação eu nasci manga (Lulli e Lucina), Padaria (Wandi Doratiotto e Mário Manga), A índia e o traficante, entre tantas outras. Em Killing me soflty (Norman Gimble/Charles Fox), então, nem se fala: tive de ser forte. Nos espetáculos em que estive presente, sempre chorei durante essa canção, pois a união da linda e mais grave voz de Simone com a afinadíssima e aguda voz de Adriana dá a essa bela música um tom emocionante, perfeito, e é impossível que alguém não se sinta tocado por ela. No palco, as amigas interpretavam duas locutoras de uma rádio AM, representando um dia de programação. Erothyldes Malta (Simone) ficava sentada ao piano, tocando, cantando e interagindo com Cat Milleidy (Adriana), que ficava na mesa e no microfone ao centro do palco. As duas atendiam aos telefonemas dos ouvintes (e falavam mesmo, pois ligavam para dois ou três celulares da plateia), liam o horóscopo, cantavam as vinhetas, as músicas da programação, realizavam brincadeiras, entre outras performances. Levavam o público do riso às lágrimas. Pude assisti-las por três vezes, mas deveria ter ido mais, muito mais. A cada uma, havia algo de novo, além de poder rever atuações já conhecidas, mas que sempre me emocionavam como foi na primeira vez. Em todas essas ocasiões, tive a oportunidade de abraçá-las no camarim após o espetáculo. Mesmo cansadas, loucas para tomar um bom banho, jantar e descansar, as duas recebiam sorridentes e super simpáticas a todos os fãs que com elas quisessem trocar algumas palavras e tirar fotos. Numa dessas ocasiões, descobri que eu e Adriana somos conterrâneas. Falamos um pouco sobre nossa cidade. Incrível carisma! Não é à toa que era tão querida pelo público. Bem... Quem assistiu, assistiu; quem não pôde, infelizmente agora só poderá recorrer aos vídeos e ao CD da dupla. Acontecimentos como a partida de Adriana me fazem pensar muito na vida e na morte. Como pode uma pessoa na plenitude da vida, da carreira, do sucesso, cheia de planos e projetos, tão admirada por todos e tão realizada deixar este mundo assim, repentinamente? Como pode o destino fazer com que alguém como ela deixe aqui uma família, amigos e uma filha tão jovem? Não conhecemos a verdade absoluta, talvez nunca tenhamos a possibilidade de desvendá-la, então penso que resta nos conformarmos e crermos que aquela era a hora dessa adorável mulher. O melhor é mesmo acreditar que ela já tinha cumprido neste plano tudo o que lhe cabia. A nós que ficamos – familiares, amigos e admiradores –, resta termos sempre registrada em nossas mentes a imagem de uma mulher linda, forte, jovem, radiante, cheia de vida, alguém que tanto alegrou e emocionou nossas vidas com seu iluminado sorriso e sua inconfundível voz. Abaixo estão o link do site do espetáculo, dois vídeos da peça, a reportagem exibida no TeleDomingo na ocasião do falecimento de Adriana e algumas fotos.http://www.radioesmeraldaam.com.br/ (Gisele Schmidt Moitoso)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Adriana Marques - Adriana Marques e Bando Barato Pra Cachorro (1997)


01. Caixa econômica (Antônio Nássara e Orestes Barbosa)
02. E o mundo não se acabou (Assis Valente)
03. Até a volta (Benedito Lacerda e Herivelto Martins)
04. Caminhemos (Herivelto Martins)
05. Adeus mocidade (Benedito Lacerda e Roberto Martins)
06. Seja breve (Noel Rosa), com Simone Rasslan
07. Marchinha do amor (Lamartine Babo),  com Marcelo Delacroix
08. Cem mil réis (Noel Rosa e Vadico),  com Marcelo Delacroix
09. Recenseamento (Assis Valente)
10. Não quero saber mais dela (Sinhô), com Geraldo Fischer
11. Canção pra inglês ver (Lamartine Babo)


LEMBRANDO ADRIANA MARQUES: Adriana Marques morreu em casa, em Porto Alegre, aos 43 anos, na tarde do dia 11 de julho de 2009. Eu soube da notícia através da Rádio Gaúcha, na manhã do dia 12, um domingo. Por acaso, a mesma emissora que, também nesse dia da semana, há mais de onze anos, me revelou a existência da cantora. A primeira vez que ouvi falar de Adriana foi numa entrevista que ela concedeu em abril de 1998 ao programa O Som do Rio Grande, que Paulo Deniz apresentava nas noites de domingo na Gaúcha. Ela falava do CD que iria lançar em breve, Adriana Marques e Bando Barato pra Cachorro. O que primeiro me chamou a atenção foi o repertório que Adriana escolheu: pérolas da MPB das décadas de 1920 a 40, de Sinhô a Assis Valente, passando por Noel Rosa e Lamartine Babo. E, dentro desse recorte, a coragem de optar pelas músicas que queria cantar, não se importando em ficar nos clássicos mais conhecidos. Basta dizer que, em vez do "Jura", hoje praticamente o único samba conhecido de Sinhô, Adriana gravou "Não Quero Saber Mais Dela", em dueto com Geraldo Fischer - uma das faixas cômicas do disco: ela uma mulata que buscava fugir ao assédio de um português mulherengo. De Assis Valente, além do clássico "E o Mundo não se Acabou", incluiu também "Recenseamento", que incorpora rap e guitarras ao samba. Liberdade na escolha do repertório e na elaboração dos arranjos, bom humor e apelo cênico: já temos aí três dos pilares da carreira de Adriana. Mas naquele domingo eu não tive como notar isso tudo, nem foi possível ouvir mais que uma ou duas faixas do CD no programa, pois a entrevista de Adriana era interrompida a todo momento por boletins sobre uma importante decisão de um campeonato de vôlei. Mesmo assim, intuí o quarto pilar: a qualidade vocal de Adriana, com timbre agradável, afinação total, perfeita dicção e excelente noção de ritmo (isso tudo eu só vim a perceber com cuidado mais tarde, nesse dia o vôlei não deixou). Tendo, além das afinidades vocais, as de interesse musical, nada mais natural que Adriana e Simone Rasslan trabalhassem juntas em uma série de shows, culminando no primoroso Rádio Esmeralda AM - Uma Jóia no Ar. Mas houve vários outros, inclusive tributos a cantoras como Elis Regina (...E Assim se Passaram Dez Anos, em 1992) e Carmen Miranda: Mirando Carmen - Cem Anos da Estrela Maior. Esta última parceria da dupla estreou na Fundação Ecarta em 25 de abril de 2009, comemorando o centenário da Pequena Notável, influência confessa de Adriana. O sucesso da Rádio Esmeralda acabou deixando em segundo plano a carreira solo de Adriana. Como acontece com boa parte dos artistas independentes de sua geração, Adriana foi basicamente uma cantora de palco. Os interessados em ouvi-la agora passam a contar com bem poucas opções, quase todas gravadas num intervalo de três anos. Afora seu primeiro e único CD solo, o de 1998, a carreira fonográfica de Adriana em estúdio se resume a duas faixas no CD Túlio Piva - Composições Inéditas (1996)("De chegada" e "Fala violão", esta com Bando Barato Pra Cachorro) e sua participação como vocalista do Grupo Cuidado que Mancha no CD adulto de 1995 e do infantil CD A Mulher Gigante (1998). O CD Rádio Esmeralda - O Espetáculo, em dupla com Simone Rasslan, lançado em 2003, é o registro de um show. O segundo CD solo de Adriana foi um projeto alimentado por algum tempo, mas jamais concretizado. Perto do carnaval de 1999, ela me contou que as gravações, já iniciadas, haviam sido interrompidas(Fábio Gomes).