terça-feira, 6 de abril de 2010

Ricardo Vilas - Cine Ipanema (2002)


01. Cine Ipanema (Ricardo Vilas)
02. Nova Garota (Ricardo Vilas)
03. Santa Natureza (Ricardo Vilas)
04. 1968 (Ricardo Vilas)
05. Back In Bahia (Gilberto Gil)
06. Lar Buraco Lar (Ricardo Vilas)
07. Posto 9 (Ricardo Vilas)
08. Asas Pra Voar (Ricardo Vilas)
09. Meu Avião (Ricardo Vilas)
10. Sopa de Água na Boca (Ricardo Vilas)
11. Certos Momentos (Ricardo Vilas)
12. Pra Baden & Vinícius (Ricardo Vilas)
13. Canoa do Amor (Ricardo Vilas/Teca Calazans)

Ipanema, berço da bossa nova, fonte da moda brasileira a partir dos anos sessenta, ponto de partida das contestações políticas e sociais, irradia sua influência mesmo além das fronteiras brasileiras e hoje é fonte de inspiração para este brasileiro-francês escrever suas canções. Ricardo Vilas pinta em letras e música um retrato desse bairro mágico, entre as lembranças da Ipanema bucólica de sua juventude e a atualidade de um bairro cheio de arranha-céus, escritórios e centros comerciais. Entre os músicos, brasileiros e franceses, que participaram das gravações estão Cacau Queiroz (sax e flauta), Nei Veras (bateria e bandolim), Jean-Philippe Crespin (violão), Hacen Djeghbal (baixo), Tarzan (percussão), Laurent de Oliveira (piano), Christophe de Oliveira (bateria), Xavier Bornens (trompete), Natallino Neto (baixo) e Romulo Marques (baixo). Vale ressaltar, ainda, a participação preciosa das cantoras Cristina Ventura e Rita Sá Rego.

Ricardo Vilas, o cantor e compositor
Ricardo iniciou sua carreira musical no grupo Momento Quatro, ao lado de Zé Rodrix, David Tygel e Mauricio Maestro. Com este grupo acompanhou Marília Medalha e Edu Lobo no Festival da Record de 1967 em “Ponteio”. Os discos, os festivais e os prêmios se encadearam para o jovem quarteto, que navegou junto com grandes nomes como Gil, Caetano, Chico até 1968, ano em que Ricardo, estudante de psicologia, foi preso por sua atuação política contra o regime militar. No ano seguinte foi banido do país, como um dos prisioneiros políticos libertados em troca da vida do embaixador americano Charles Elbrick, seqüestrado por movimentos da esquerda, exilando-se na França. Ricardo estava no mesmo grupo que nosso atual chefe da Casa Civil, José Dirceu, e consta da célebre foto feita antes do embarque dos exilados. Ferido pela prisão e louco de saudades de sua terra, Ricardo forma dupla com Teca Calazans, sua companheira na vida e no palco, e leva aos cafés-concerto de Paris as músicas e cantos do Brasil. Descobertos por Claude Nougaro, foram convidados para se apresentarem no Olympia e, em seguida, numa turnê por toda a França. Foi a grande abertura para o público francês da dupla Teca e Ricardo, sucesso em toda a Europa e Brasil de 1971 a 1981. No início da carreira solo, paralelamente, Ricardo assume a direção musical do seriado “Sítio do Picapau Amarelo”, da rede Globo de TV, compondo, também, a trilha sonora. Posteriormente, fez a direção musical do programa “Globo de Ouro” e compôs trilhas de novelas como “Roque Santeiro” e “Selva de Pedra”. Desde então passou a estabelecer uma ponte aérea Paris - Rio de Janeiro, difundindo a MPB da mais alta qualidade no Brasil e na Europa. Hoje, Ricardo é referência da música brasileira na França e em vários países da Europa.

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