quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Luis Vagner - Swingante (2004)


01 - Guitarreiro
02 - Só Que Deram Zero Pro Bedeu
03 - Embrulheira
04 - Segura a Nega
05 - Vou Pular Nesse Carnaval
06 - Negona
07 - Cobra Criada
08 - Onde Bate Fica
09 - Esse Papo é Com Você
10 - De Saudade
11 - Dr. Swing
12 - Saudade do Jackson do Pandeiro
13 - Abuzzy y Wzzy


Gaúcho de Bagé, Luiz Vagner Dutra Lopes nasceu em uma família musical. Filho de mãe índia, seu pai, Vicente Lopes, era músico da orquestra Copacabana Serenaders, que usava o nome artístico Sarará, e seu avô, além de fotógrafo e pastor, era flautista. Bem cedo começou a conviver com artistas em cidades da região. Aos dez anos, já tocava bateria e violão. O que no entanto foi marcante para sua escalada musical foi a descoberta do rock, ao ver o filme "Rock Around The Clock" ("No Balanço das Horas" na versão Tupiniquim), um dos marcos do estilo no Brasil. Começou a compor algumas músicas. Em 1963, mudou-se para Porto Alegre e neste mesmo ano, junto com Luiz Ernani, Valdir, Jacks e Edson da Rosa, formou o conjunto The Jetsons. O grupo apresentava-se em reuniões dançantes e acompanhava os cantores que por lá apareciam, começaram no progama "Parque Infantil" de Waldemar Garcia, na TV Gaúcha até que em 1966, a banda migrou para São Paulo e se transformou na banda Os Brasas. Em 1974, gravou seu primeiro disco, "Simples", e iniciou uma fusão de ritmos e gêneros musicais que o acompanhavam desde criança. Nesse disco, o samba-rock "Só que deram zero pro Bedeu" (homenagem a Jorge Moacir da Silva, o Bedeu, compositor gaúcho que forneceria muitos sucessos a Bebeto) repercute bem dentro do cenário de música negra no Brasil. Esse álbum, assim como alguns outros, é 100% autoral. Ainda em 1974, participou do disco "1990 - Projeto SalvaTerra", do cantor e compositor carioca Erasmo Carlos, tocando viola na música "A experiência". Em 1975, grava o disco "Cousas e Lousas", que está fora de catálogo. Nesse mesmo ano, compõe com Bebeto "Segura a Nega", que fez parte do álbum de estréia do violonista paulistano e foi redescoberta por DJs e grupos de samba-rock do século 21. Paulo Diniz gravou "As Estradas", mais uma parceria com Tom Gomes. Em 1976, gravou o disco "Luís Vagner", que ficou conhecido como "Guitarreiro", em virtude do sucesso da música que abre o disco, uma autobiografia. Nesse período, era conhecido como "gaúcho guitarreiro", alcunha que o acompanha até hoje. Continuou trilhando o caminho da fusão musical, tendo inclusive influências da chula, da guarânia e do reggae, esse último ritmo que o segue de forma mais marcante até hoje.  Em 1981, foi homenageado pelo cantor e compositor carioca Jorge Ben, com quem conviveu durante a época da Jovem Guarda. A música "Luís Vagner Guitarreiro" consta do álbum "Bem Vinda Amizade". Os sambas "Embrulheira" e "Como?" e foram gravados por Bebeto em seu disco homônimo. Em 1981, foi homenageado pelo cantor e compositor carioca Jorge Ben, com quem conviveu durante a época da Jovem Guarda. A música "Luís Vagner Guitarreiro" consta do álbum "Bem Vinda Amizade". Os sambas "Embrulheira" e "Como?" e foram gravados por Bebeto em seu disco homônimo. Em 1982, gravou o disco "Pelo Amor do Povo Novo" e participa do festival de MPB da Shell com o samba "Crioulo Glorificado", de Jorge Ben. Em 1983, no festival de Jazz de Nice, subiu no palco pra dar canja com o BB King. Quem emprestou a guitarra foi o Jonhn Skotfield, guitarrista da banda de Miles Davis. Em 1986, lançou seu primeiro disco ao vivo "O Som da Negadinha", com regravações de seus sucessos. Em 1988, gravou o disco "Conscientização",produzido por Mauro Pinheiro, um disco de reggae que contém entre outras a música "Oi". Ainda em 88, se junta a Toni Tornado, Lady Zu, Carlinhos Trumpete e Tony Bizarro para gravar o disco-manifesto "Alma Negra". Em 2001, com a volta do samba-rock ao cenário musical, conseguiu nova projeção e se apresentou em diversas casas em São Paulo e Porto Alegre. Nessas ocasiões, foi freqüente a participação especial da banda paulistana Clube do Balanço, que teve em seu disco de estréia três músicas do guitarreiro (que participou inclusive da gravação do disco): "Saudade de Jackson do Pandeiro" (com Bedeu), "Trilha Guitarreira" (com o guitarrista e compositor paulistano Marco Mattoli, líder da banda) e "Segura a Nêga" (com Bebeto). Na faixa "Falso Amor", de Bedeu, divide vocais com Mattoli. Em 2002, gravou com os conterrâneos do Ultramen, banda que mistura rock, reggae, rap e outros estilos. Atualmente, mora em São Paulo e continua na ativa, como cantor, compositor e músico.

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